Rotunda da Estefânia

A rotunda da Estefânia era um ponto de referência quando era miúda. Quando ali passava de carro com o meu pai, e em tempo de festa de aniversário, já sabia que íamos buscar uma tarte de amêndoa e um bolo de aniversário com chantily e ananás (o meu preferido).
A senhora que fazia os bolos morava ali perto do metro nos Anjos. Lembro me que entrávamos pelas traseiras e subiamos as escadas exteriores até ao segundo andar. Entrávamos logo na cozinha, onde a mesa estava cheia de formas e as bancadas com bolos feitos, e à espera de serem resgatados. Era um cheiro que entrava no meu nariz e se instalava nos pulmões.
Saíamos dali cada um com uma caixa. Eu geralmente levava a tarte, e ainda hoje consigo sentir o cheiro.
Apesar da senhora já não fazer bolos e provavelmente já não está cá entre nós, o meu pai ainda hoje sabe a morada da senhora de cor.
Nunca mais comi uma tarte de amêndoa tão boa. 

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